Num espetáculo teatral, essencialmente de linguagem textual, a iluminação acompanha o desenrolar dos textos interpretados pelos atores e, muitas vezes, também acompanha e trabalha paralelamente a outros sons que estabelecem mudanças de comportamentos, de climas e das próprias cenas. O estudo dos acompanhamentos dos contra-regras, das músicas e temas, da sonoplastia, é imprescindível para que o comportamento das luzes construa uma linguagem uníssona com esses elementos no interior dessas mudanças. Algumas vezes as cenas são iniciadas e finalizadas pelas intersecções musicais e de efeitos sonoros. Na arte coreográfica, ou seja, na dança, são os sons e as músicas que, geralmente, estabelecem os climas psicológicos e aí os cuidados com os estudos das entradas e saídas desses elementos são de importância capital para um relacionamento expressivo entre eles e as luzes. Esses movimentos solicitam, muitas vezes, uma sincronicidade que só é conseguida através de marcações e programações exatas entre os operadores de iluminação e os operadores de som, mas, sobretudo, eles trabalham sobre roteiros específicos e paralelos que almejam essa harmonia.
Especial cuidado requer a iluminação para o teatro musical e principalmente para o teatro lírico. Se no teatro dramático a palavra, as idéias são os elementos condutores para a interpretação do espetáculo, no teatro lírico, a música, pela sua fisionomia específica (já que interpreta o texto dramático) de tempos, ritmos e andamentos, se impõe de forma categórica para a formulação de um plano de luz que saiba interpretar e valorizar uma linguagem que está acima de qualquer padrão ou referência relacionado a uma realidade fictícia. Tanto no teatro lírico como no dramático, duas entidades se impõem: duas entidades identificadas no cantor e no ator, ambos intérpretes (RATTO, 2001, p. 97)[1].
Especial cuidado requer a iluminação para o teatro musical e principalmente para o teatro lírico. Se no teatro dramático a palavra, as idéias são os elementos condutores para a interpretação do espetáculo, no teatro lírico, a música, pela sua fisionomia específica (já que interpreta o texto dramático) de tempos, ritmos e andamentos, se impõe de forma categórica para a formulação de um plano de luz que saiba interpretar e valorizar uma linguagem que está acima de qualquer padrão ou referência relacionado a uma realidade fictícia. Tanto no teatro lírico como no dramático, duas entidades se impõem: duas entidades identificadas no cantor e no ator, ambos intérpretes (RATTO, 2001, p. 97)[1].
[1] RATTO, Gianni Antitratado de Cenografia. São Paulo: Editora SENAC, 2001. p. 97.
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